segunda-feira, 23 de março de 2009

Inauguração de novo trecho do Metrô



Hoje o nosso Excelentíssimo senhor Presidente, Lula veio à Recife para inauguração de um novo trecho do Metrô do Recife, que liga o centro da cidade à Cajueiro Seco em Jaboatão dos Guararapes. A operação comercial da Linha Sul trará, inicialmente, um incremento na demanda do Metrô de aproximadamente 20 mil usuários/dia, podendo chegar a 35 mil.
Com a conclusão das obras dos terminais de integração e a aquisição de novos trens para o trecho que será inaugurado, o metrô passará a transportar 190 mil usuários, totalizando 380 mil usuários. O tempo de viagem entre as estações Recife e Cajueiro Seco será de 25 minutos.
Com 24 anos de funcionamento na cidade o Metrô do Recife passa a partir de hoje a ter 39,5 km de extensão de linha, numa cidade que possui 220 km², a abrangência do sistema ainda é irrisória. Principalmente se levarmos em consideração que o trecho atendido é totalmente voltado para área sul da cidade.
O transporte metroviário é uma opção segura e rápida para quem precisa se deslocar pela cidade e a questão é que os governantes não se interessam por este tipo de investimento. Sei que a implantação de um sistema como esse tem um custo bastante elevado, só para inauguração desse novo trecho o governo diz ter investido R$ 365 milhões, porém as vantagens são enormes.
A questão da pontualidade. O metrô tem horários fixos e por ter seu trecho de deslocamento livre pra ele o percurso é feito no tempo exato. Em média gastam-se 2 minutos de uma estação para a outra.O metrô possui uma velocidade média de 40 km/h e ao contrário dos ônibus, não fica dando solavancos e freadas bruscas. Por isso mesmo que o metrô esteja lotado e o passageiro precise ficar em pé a viagem não é tão desconfortável.
Além disso os ônibus precisam constantemente desviar rotas por causa de manutenções em tubulações, no asfalto, fechamento de ruas para eventos, protestos, acidentes, entre outros problemas. Aliás o índice de acidentes é outra grande vantagem. Por correr em linha exclusiva a quantidade de acidentes, sobretudo com mortes é infinitamente menor que o de ônibus.
Outra grande vantagem é que o sistema (ao menos aqui em Recife) é todo climatizado com sistema de refrigeração. Numa cidade como a nossa em que a temperatura média sempre passa dos 25°C, isso é uma vantagem enorme. Para quem não quer chegar ao trabalho suado e com cara de quem correu uma maratona, o metrô é uma ótima opção.
De acordo com a Associação Nacional dos Transportes Ferroviários – ANTF, o sistema polui 50% menos que o sistema rodoviário de transporte, significando para população da cidade menos doença respiratória e para a prefeitura e governo estadual menos gente nas emergências públicas. Além de tudo isso, o conforto de não pegar engarrafamentos intermináveis, sobretudo nos horários de pico.
Por todas essas razões o governo deveria investir muito mais nesse tipo de transporte, inclusive para o transporte de cargas, que é o que faz nossa economia girar. Por que será que na Europa e nos países mais desenvolvidos do mundo esse tipo de transporte é tão utilizado? Quando teremos um trem bala circulando pelo país?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mais uma do D. José

Acho incrível como uma pessoa que representa uma instituição religiosa se presta a agir com tanto desrespeito às pessoas, sobretudo aquelas que já estão passando por uma situação difícil. A última do tão "adorado" arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, foi fazer uma declaração à imprensa que todos os que participaram do aborto realizado em uma CRIANÇA de 9 anos de idade, que havia sido estuprada, seriam excomungados.
Será que Vossa Eminência Reverendíssima pensou no sofrimento que é para esta criança primeiro ter sido abusada pelo padrasto e depois ter em seu franzinho corpo de criança completamente modificado por uma gravidez indesejada que poderia inclusive levá-la à morte? Será que V. Em.ª Revm.ª chegou a pensar como foi para mãe saber que seu companheiro violentou suas duas filhas engravidando uma delas? Será que ele chegou a pensar que os médicos que a operaram fizeram de tudo para fazer com que esta menina possa um dia pensar em ter filhos com alguém que ela ame?
Os radicais como ele poderão dizer: "Se Deus quis assim, o homem não deve interferir!" Será mesmo que Deus quer isso? Sofrimento, humilhação, dor, morte, estupro... Não acredito, posso não ser a maior estudiosa das escrituras sagradas, mas tudo que conheço da Bíblia e do Evangelho me dizem que Deus é AMOR, Deus é CARIDADE, Deus é COMPAIXÃO, Deus é ALEGRIA! Ele não pode querer que seus filhos sofram, sobretudo uma criança, pois o próprio Jesus nos diz: "Delas é o reino dos Céus!"
Ao invés de prestar um desserviço como este, V. Em.ª Revm.ª deveria aparecer à imprensa para pregar o amor, a paz, a caridade, o perdão, o auxílio aos necessitados, bem como fazia seu antecessor que muita falta faz ao povo daqui. Dom José, ainda é tempo de aprender um pouco com a história de Dom Helder.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Em entrevista apresentada pelo Fantástico no último domingo, o nosso vice-presidente, Sr. José de Alencar, falou sobre todos os problemas que vem enfrentando com um câncer desde 1997. Durante a entrevista Alencar demonstrou toda sua força em passar por diversas cirurgias e por último sobreviver e se recuperar rapidamente à mais longa e mais difícil de todas elas. Foi muito bonito ver a fé e a coragem que ele teve para enfrentar cerca de 18 horas de cirurgia.
Tudo isso foi bastante admirável porém, espero sinceramente que esta experiência difícil que ele passou sirva de inspiração para que usando de suas atribuições públicas, nosso vice-presidente passe a exigir e criar novas opções e modelos para melhoria do nosso setor público de saúde.

Imaginemos quantas centenas ou milhares de pessoas com o mesmo problema do senhor Alencar tentam há anos cirurgias como a dele, quantas já morreram aguardando, quantas enfrentam um calvário muito maior que o dele, algumas vezes até com problemas mais simples que se agravam por não terem tratamento.

Gostaria muito que o mesmo visitasse algum hospital público do câncer pelo país, sem avisar antes para ter uma idéia do quanto o sofrimento num caso como o dele pode ser bem maior quando não se tem um serviço de qualidade.